

Padronizando os serviços de saúde para mulheres privadas de liberdade na Tailândia
Divulgação Científica
Pessoa em privação de liberdade; Servidores penitenciários
Gestão do Trabalho em Saúde
Internacional | Tailândia
Outubro / 2013 – Março / 2014
Saúde da Mulher
Serviços de saúde; mulheres privadas de liberdade; padronização dos serviços de saúde; saúde da mulher; saúde prisional; mães encarceradas; presas grávidas presídios femininos
Autores:
Nantaga Sawasdipanich; Supa Puektes; Supaporn Wannasuntad; Ankana Sriyaporn; Chulepon Chawmathagit; Jirapa Sintunava and Gamjad Paungsawad
Do que trata a experiência?
Este estudo apresenta os resultados do processo de implementação de um programa de melhorias do padrão de serviços de saúde da mulher no contexto prisional da Tailândia. Realizado em três fases, o estudo contou com entrevistas e aplicação de questionários para depois apresentar e propor a implementação de uma série de medidas de melhoria de estrutura, da qualidade dos serviços e do atendimento. Foram três os pilares de atuação: padrões administrativos, padrões de serviços de saúde e padrões de resultados. Ao final, a análise dos resultados segundo as mulheres presas demonstrou uma melhora nos serviços de saúde, incluindo a promoção da atividade física e programas de rastreamento de doenças não transmissíveis.
Quais objetivos foram pensados?
Por meio da melhoria dos serviços de saúde, buscou-se desenvolver e avaliar um padrão de serviço de saúde, no contexto prisional, para mulheres tailandesas.
Qual o passo-a-passo da realização da experiência?
O projeto foi realizado em três fases. A primeira contou com a aplicação de um questionário sobre os serviços de saúde existentes e a realização de entrevistas em profundidade com mulheres internas e enfermeiras prisionais. Na segunda etapa foram feitas consultas com especialistas, além de reuniões de audiência pública, de forma a desenvolver o padrão de serviço de saúde para as mulheres presas. Por fim, o padrão de serviço de saúde para mulheres foi implementado como piloto em duas prisões da Tailândia, com o objetivo de avaliar a viabilidade, aplicabilidade e eficácia da proposta. O processo de implementação aconteceu ao longo de um período de seis meses. Após a implementação, foram aplicados questionários e realizados grupos focais com as internas a fim de medir a satisfação com o padrão de serviço apresentado. Foram ainda realizadas entrevistas em profundidade com enfermeiras e guardas prisionais de forma a avaliar a viabilidade e eficácia do padrão de serviço de saúde proposto. A avaliação dos resultados foi feita por meio de comparação entre os dados levantados antes e depois da implementação.
Quais foram os resultados?
A implantação do padrão de serviços de saúde da mulher buscava interferir em três aspectos no âmbito prisional tailandes: os padrões administrativos, os padrões de serviços de saúde e os padrões de resultados. Após a implementação, enfermeiros refletiram sobre a viabilidade e benefícios para a organização do trabalho, para a equipe e para as internas. Já as presas apontaram para a melhoria na qualidade e oferta dos serviços de saúde, incluindo o desenvolvimento de programas de promoção da atividade física, de rastreio de doenças não transmissíveis, do ambiente de atendimento e dos equipamentos médicos disponíveis. Além disso, as grávidas e mães privadas de liberdade compartilharam seus pontos de vista sobre melhores cuidados pré-natais e de desenvolvimento infantil, bem como a disponibilidade de suprimentos para bebês. Os resultados da implementação do piloto demonstram a viabilidade e eficácia do padrão de serviço de saúde.