

Vivências da equipe de enfermagem no cotidiano do sistema penal
Divulgação Científica
Servidores penitenciários
Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Gestão do Trabalho em Saúde
Nacional | Minas Gerais
Junho / 2018 – Julho / 2018
Tuberculose; HIV/ Aids; Outras doenças ISTs; Covid-19; Álcool e drogas; Saúde Nutricional; Saúde do Homem; Saúde da Mulher; Saúde Mental; Saúde Sexual; Violência contra mulher e LGBTQIA +
Assistência à saúde; Enfermagem; Prisões; Prisioneiros
Autores:
Ana Amélia Melo Soares; Gabriela Miranda de Oliveira Castro; Isabelle Elias Monteiro de Almeida; Luciana Alves Silveira Monteiro; Lilian Machado Torres
Do que trata a experiência?
Pesquisa realizada com enfermeiros e técnicos de Enfermagem de um Centro de Remanejamento Prisional, em Minas Gerais. Por meio de entrevistas, procurou-se compreender o cotidiano do trabalho da equipe de enfermagem, as ações e cuidados prestados. Nesse sentido, os resultados revelam as barreiras e facilitadores do trabalho de enfermagem no contexto prisional e que podem ser trabalhados junto às equipes em atividades de Educação Permanente.
Quais objetivos foram pensados?
Compreender o cotidiano vivido pela equipe de Enfermagem no sistema prisional.
Qual o passo-a-passo da realização da experiência?
O cotidiano do trabalho da equipe de enfermagem do Centro de Remanejamento Prisional, em Minas Gerais, foi avaliado a partir da realização de entrevistas com um enfermeiro, três enfermeiras, além de duas técnicas de enfermagem. Todos assinaram o termo de consentimento informado para a gravação das entrevistas que, para preservar a identidade dos participantes, foram codificadas no momento da transcrição. O roteiro foi desenvolvido a partir de questões que abordavam a percepção da assistência à saúde prestada às pessoas privadas de liberdade, de como se sentiam, além dos pontos positivos e negativos experimentados no cotidiano.
Quais foram os resultados?
Após a análise das transcrições, surgiram quatro categorias: Percepção do cuidado de Enfermagem à pessoa privada de liberdade; Dificuldades para prestar assistência no presídio; Sensação de invisibilidade do cuidado de Enfermagem no sistema prisional; e, Ambiguidade de sentimentos ao cuidar da saúde no sistema prisional. Num ambiente complexo como nos presídios os desafios de acesso são ainda maiores, em especial porque o modelo de saúde nesse contexto ainda está pautado na doença, o que não favorece ações concretas de promoção da saúde e prevenção de agravos. O sentimento de impotência dos profissionais, bem como a melhoria da qualidade do serviço podem ser melhorados e combatidos, segundo as autoras, por meio de ações de educação permanente, reuniões clínico-administrativas, além da construção de protocolos e diretrizes que sistematizem e sustentem as práticas.