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A inclusão dos presos na detecção da tuberculose: estratégia de educação em saúde prisional, na Etiópia

Divulgação Científica

Internacional | Etiópia

Abril / 2016 – Março / 2017

Pessoa em privação de liberdade

Educação em Saúde; Prevenção de Doenças e Agravos; Competências em Saúde

Tuberculose; HIV/ Aids

Educação em saúde prisional; educadores entre pares; tuberculose

Autores:

Kelemework Adane; Mark Spigt; Bjorn Winkens; Geert-Jan Dinant

Do que trata a experiência?

Uma pesquisa feita a partir de atividades educativas junto com presos possibilitou analisar a relação entre essas ações educativas e comunicativas e a detecção precoce de tuberculose no grupo ao qual o preso participante fazia parte. Os resultados têm implicações importantes para a clínica e a política de saúde pública, demonstrando que o engajamento das campanhas de prevenção passam pela inclusão dos presos.

Quais objetivos foram pensados?

Envolver os presos no programa de controle da tuberculose, de forma a criar uma maior rede de detecção precoce da tuberculose, em unidades prisionais com recursos limitados na Etiópia.

Qual o passo-a-passo da realização da experiência?

A pesquisa aqui divulgada foi feita utilizando grupos de intervenção e grupos controle, aplicados a prisões de Amhara e Tigray, na Etiópia. Neste método, algumas prisões selecionadas tiveram a criação de um grupo de intervenção, enquanto em outras não. Dessa forma foi possível perceber os resultados relacionados à atuação dos presos como educadores entre pares.

 

O segundo passo foi a seleção das equipes de intervenção, sendo recrutados de três a seis presos para cada grupo de intervenção, de forma a atuarem como educadores de pares. Assim, esses recrutados receberam um curso de treinamento de três dias sobre a causa, transmissão, sintomas, diagnóstico, prevenção, tratamento da tuberculose e consequências da não adesão. Eles ainda foram treinados sobre como identificar casos possíveis e como fazer o acompanhamento e suporte aos pacientes, melhorando o tratamento da doença. Neste momento, estes participantes receberam também alguns folhetos e cartazes ilustrando a temática exposta no curso.

 

Houve então uma avaliação da capacidade para realizar a triagem e a educação de outros presos. Os educadores entre pares que passaram nos critérios de avaliação organizaram os presos em grupos e forneceram,  a cada duas semanas durante um ano, informação sobre a tuberculose, a prevenção, o controle e a relação com o HIV. As ações e campanhas eram feitas em grandes grupos, em espaços abertos ou em grupos menores, a depender da característica dos grupos de presos. Quando não estavam realizando campanhas de educação sobre a tuberculose, esses educadores realizam buscas ativas por presos sintomáticos ou com suspeita  de tuberculose – realizando exames de rotina, conforme um protocolo padrão.

Quais foram os resultados?

Durante o período de estudo de um ano, a detecção de casos de tuberculose foi maior nas prisões que tiveram o grupo de intervenção (75 casos novos num ano), com a inclusão dos presos como educadores entre pares; do que as outras unidades prisionais usadas como grupo de controle (25 novos num ano), ou seja, onde a detecção dos casos era feita sem essa intervenção.

 

Deste modo, o envolvimento de educadores entre pares internos, treinados no programa de controle da tuberculose nas prisões da Etiópia melhorou significativamente a taxa de detecção de casos de tuberculose. Os resultados têm implicações importantes para a clínica e a política de saúde pública, especialmente em prisões com recursos limitados e onde a carga da tuberculose é alta.

Imprima a experiência:

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