

A educação entre pares para a prevenção da Hepatite C no contexto prisional
Divulgação Científica
Internacional | EUA
Fevereiro / 2012 – Dezembro / 2014
Pessoa em privação de liberdade
Educação em Saúde; Prevenção de Doenças e Agravos; Competências em Saúde
Outras doenças ISTs
Educação em saúde prisional; educadores entre pares; hepatite C
Autores:
Karla Thornton; Miranda L Sedillo; Summers Kalishman; Kimberly Page; Sanjeev Arora
Do que trata a experiência?
Relato internacional sobre um projeto educacional (com o desenvolvimento de educadores entre pares) com o objetivo de informar os presos sobre Hepatite C e os impactos do ciclo da doença no sistema prisional do Novo México, nos Estados Unidos da América. Mudanças significativas foram elencadas após a avaliação da eficácia da estratégia, apontando para o desenvolvimento de competências e demonstrando as potencialidades de envolver a comunidade prisional no processo de educação em saúde.
Que motivos levaram à realização da experiência?
A hepatite C pode ser considerada uma epidemia dentre a população encarcerada nos Estados Unidos da América. Especialmente no Novo México, mais de 40% das pessoas entram no sistema prisional com teste positivo para o virus da hepatite C.
Quais objetivos foram pensados?
O projeto ECHO's New Mexico Peer Education Project foi desenvolvido com a proposta de informar e educar as pessoas privadas de liberdade sobre a Hepatite C, de forma a impactar o ciclo de transmissão da doença no sistema prisional do Novo México.
Qual o passo-a-passo da realização da experiência?
A experiência descrita foi realizada em quatro etapas: seleção, treinamento, aplicação e avaliação. Depois de escolhidas sete instituições para a participação no estudo, os servidores penitenciários de cada foram responsáveis por selecionar os presos que atuariam como educadores entre pares. Esta seleção seguiu um conjunto de critérios relacionados a comportamento, nível de segurança, tempo de pena, nível de escolaridade entre outros aspectos.
Na sequência, foi ofertado aos selecionados um treinamento educacional para desenvolvimento de competências relacionadas tanto à hepatite C quanto a outros tópicos mais gerais. Ao final, fizeram uma apresentação e receberam um certificado de conclusão. Contudo, após o treinamento inicial, os educadores entre pares receberam uma formação continuada, realizada mensalmente. Ainda, a atividade dos educadores é acompanhada pela equipe do projeto em visitas esporádicas.
A terceira fase refere-se à própria aplicação do treinamento. Nesta etapa os educadores recrutam participantes em suas unidades e conduzem uma oficina de 10 horas, distribuídas em 3 a 5 dias de encontros com os educadores entre pares Os educadores de pares conduzem o treinamento em sua totalidade e são responsáveis também pelo acompanhamento dos alunos nas atividades de aprendizagem.
A avaliação do trabalho de educação entre pares incluiu múltiplos métodos, entre eles um questionário sobre o impacto imediato do treinamento, além de grupos focais e entrevistas para avaliar o impacto intermediário do treinamento com educadores de pares no período de seis meses a um ano após a sua realização.
Quais foram os resultados?
Como resultado, o projeto identificou mudanças significativas no que diz respeito ao conhecimento, habilidades e atitudes dos participantes, em especial aqueles que tiveram a formação de educador entre pares. Ficou claro que os presos, enquanto educadores de pares podem aprender a ensinar eficazmente na prevenção de hepatite C,n a estratégia de redução de danos e na informação sobre doenças para seus pares