Promoção da saúde para pessoas no regime semiaberto
Divulgação Científica
Nacional | Ceará
Outubro / 2017 – Dezembro / 2017
Pessoa em privação de liberdade
Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Comunicação em Saúde; Gestão do Trabalho em Saúde
Tuberculose; HIV/ Aids; Outras doenças ISTs; Covid-19; Álcool e drogas; Saúde Nutricional; Saúde do Homem; Saúde da Mulher; Saúde Mental; Saúde Sexual; Violência contra mulher e LGBTQIA +
Saúde do homem; Promoção da saúde; Educação em saúde; População institucionalizada
Autores:
Anne Evelyn Gomes Serra; Reângela Cintia Rodrigues de Oliveira Lima
Do que trata a experiência?
Relato de experiência sobre a execução de ações de promoção em saúde através da atuação de uma equipe multiprofissional. Entre as ações destacaram-se atividades educativas na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) para a população privada de liberdade. Assim, foram realizados encontros em diversos formatos (rodas de conversas, dinâmicas de grupo e exposições dialogadas) através dos quais os participantes discutiam sobre temas relacionados a saúde mental, bucal, nutrição, acesso aos serviços entre outros.
Quais objetivos foram pensados?
Relatar a experiência de uma profissional de enfermagem na execução de ações para a promoção da saúde, por meio da atuação com a equipe multiprofissional, às pessoas que cumprem o regime semiaberto em um munícipio do interior do Ceará.
Qual o passo-a-passo da realização da experiência?
O relato de experiência foi feito a partir de relatórios e diários de campo usados para o registro e análise das atividades de ensino ofertadas na modalidade de Educação de Jovens e Adultos para os presos em regime semiaberto. Ao todo foram realizados sete encontros, numa escola municipal localizada próxima de um presídio, na zona urbana do município de Tauá, Ceará. Com foco na promoção e educação da saúde, estes encontros reuniram, semanalmente, 12 homens com idade acima de 18 anos. Para tanto, foram utilizadas diversas metodologias de trabalho: rodas de conversas, dinâmicas de grupo e exposições dialogadas. Os encontros tiveram diferentes temáticas relacionadas aos interesses dos participantes, entre elas saúde mental, saúde bucal, alimentação, prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), HIV e uso de preservativos masculinos.
Quais foram os resultados?
No contexto prisional a assistência em saúde é geralmente marcada por um modelo curativo. A experiência relatada demonstrou a importância de considerar práticas de promoção e educação em saúde com objetivo de empoderar e dar autonomia para pessoas privadas de liberdade nas questões relativas a própria saúde. Deste modo, o artigo propôs que discussões sobre saúde no sistema penitenciário sejam incluídas no programa de formações de profissionais do SUS, de forma a desenvolverem competências que contribuam para a adequada atuação de enfermeiros e dos demais trabalhadores da saúde nesse cenário.