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Projeto “Agentes Promotores de Saúde: cuidando e ressocializando vidas”

Mural de Práticas

Nacional | Cuiabá

Abril / 2014 - Atual

Pessoa em privação de liberdade; Familiares de pessoa em privação de liberdade; Servidores penitenciários

Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Prevenção de Doenças e Agravos

Tuberculose; HIV/Aids; Outras doenças ISTs; Saúde do Homem; Saúde Mental; Saúde Sexual

Agentes Promotores de Saúde (APS); Promoção e prevenção; Tuberculose; Prisões; Ressocialização.

Autores:

Luma Natalia Barbosa Rodrigues; Cristyane Aparecida Costa Baez; Winkler Freitas

Do que trata a experiência?

O Projeto “Agentes Promotores de Saúde” envolve diariamente pessoas privadas de liberdade (PPL) com o objetivo de acessar as alas e pavilhões, buscando demandas de saúde, de promoção e prevenção a reabilitação, pois os mesmos funcionam como agentes de saúde dentro das prisões. Dessa maneira, conseguimos reduzir em número a quantidade de casos de tuberculose, pois as PPL’s buscam reconhecer possíveis sintomáticos para busca ativa de casos. Também nos apropriamos do projeto para demais ações de saúde que envolvem a coinfecção por HIV, casos de IST’s, Hiperdia, Hanseníase, dentre outros. Atualmente, criamos um fluxo para detecção, exames e administração dos medicamentos diários da Tuberculose. Também quando é diagnosticado algum paciente com Tuberculose, imediatamente esses casos são isolados, e os demais recuperandos (pessoas que encontram-se reclusas) do pavilhão são testados.

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Vale ressaltar que além da redução dos casos de Tuberculose dentro da prisão, também conseguimos promover a possibilidade de aprendizados aos promotores de saúde, bem como a ressocialização através do cuidado com os demais.

Que motivos levaram à realização da experiência?

Os motivos que levaram a implementação do projeto são:

  • Havia um grande número de recuperandos que precisavam acessar o setor de saúde, mas por vezes não conseguiam acesso, devido a superlotação. Com o projeto, temos agentes (recuperandos) que conhecem a realidade local e podem nos dar mais visibilidade para nossas ações;

  • Método para ressocializar pessoas que possuem perfil para cuidado com os ser humano;

  • Aumento do controle, supervisão e monitoramento dentro das prisões no que tange a Tuberculose;

  • Mecanismo que facilita a comunicação dentro da prisão, uma vez que a questão da segurança é sempre prioritária a saúde, dessa maneira o agente promotor de saúde consegue alcançar demandas para os profissionais de saúde;

  • Para controle das doenças dentro dos presídios.

Quais objetivos foram pensados?

O principal desafio está em encontrar recuperandos com perfil para o olhar voltado ao cuidado, então realizamos cursos de capacitação para os selecionados, e vamos avaliando a atuação do mesmo no decorrer dos dias. Uma mudança que foi ajustada têm relação a entrega de medicamentos, então o recuperando selecionado precisa garantir que esses medicamentos cheguem aos demais, isso é feito através de avaliação por exames e monitoramento. Para isso, alguns recuperandos não podem ocupar o cargo por não terem o perfil.

Qual o passo-a-passo da realização da experiência?

Primeiro foi pensando um projeto escrito e apresentado à direção da unidade, pois o projeto é embasado na Portaria Interministerial Justiça e Saúde de 2003.

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Após a apresentação do projeto foram selecionados os recuperandos e ofertados treinamentos acerca dos assuntos básicos (incluída a Tuberculose, com visão para a redução de casos através da busca ativa). Os treinamentos são realizados a cada entrada de novos agentes promotores de saúde, pois os mesmos saem em liberdade, ou evoluem para a função de extramuros remunerados em serviços gerais. Também realizamos treinamentos a cada demanda necessária, por exemplo se identificamos um certo assunto que precisa ser abordado, agendamos uma roda de conversa com os agentes promotores de saúde para debater novos assuntos. Os treinamentos são realizados na própria enfermaria da penitenciária, são utilizados medicamentos para demonstração, cartazes, vídeos, entre outros. A duração costuma variar de acordo com o assunto abordado e conforme as dúvidas que vão surgindo por parte dos reeducandos.

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Após isso, ficou pactuado a remissão através da Direção aos recuperandos envolvidos no Projeto.

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As demais etapas são ajustadas diariamente conforme necessidade. Vale ressaltar que após os treinamentos e práticas diárias os agentes promotores são estimulados a ampliarem sua percepção acerca dos novos reeducandos que chegam na penitenciária, bem como pessoas que possuem doenças de bases por requererem maiores cuidados, ou até mesmo identificar sintomas em pacientes. Uma das atividades realizadas por eles envolve pegar diariamente bilhetes de pessoas com sintomas para serem avaliadas pela equipe de saúde com olhar ampliado após a capacitação para possíveis casos das doenças abordadas no treinamento.

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Até o momento passaram mais de 50 reeducandos no projeto e o número de doenças dentro da unidade que estamos lotados reduziram consideravelmente, devido a busca ativa de casos.

Quais os materiais utilizados nas ações?

São ofertadas pranchetas e canetas ao recuperandos do projeto, bem como cursos de capacitação sobre diferentes temáticas.

Quais foram os resultados?

  • Redução dos casos – diversas doenças

  • Maior monitoramento dos pacientes;

  • Acesso aos recuperandos aos serviços de saúde e até mesmo a possibilidade de ressocialização;

  • Ressocialização dos envolvidos.

 Acredita que a experiência pode ser replicada em outros lugares?

Sim, o projeto tem sido executado em todos os presídios do Estado de Mato Grosso.

Imprima a experiência:

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