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Prevenindo Tuberculose na prisão

Mural de Práticas

Nacional | Santa Catarina

Novembro / 2020

Pessoa em privação de liberdade

Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Prevenção de Doenças e Agravos; Comunicação em Saúde; Competências em Saúde

Tuberculose

Tuberculose; Educação; Vigilância em saúde Prisional; Prevenção em Saúde Prisional

Autores:

Maria Lucia de Lara Vieira

Do que trata a experiência?

Esta experiência de educação em saúde conta como foi o processo de realização de uma palestra educativa, com dinâmicas e oficinas em sala de aula, ofertada aos internos da Unidade Prisional Avançada de Itapema, em Santa Catarina. O conhecimento e aprendizado dos sinais de alerta que venham a colaborar para vigilância dos sintomas de tuberculose, visando a prevenção do aparecimento de casos, foi o foco dado às atividades. A UPA Itapema possui atualmente e está dividida em 8 celas de convívio com ocupação em média  de 8 a 10 detentos e 14 apenados Regalias.

Totalizando 10 palestras realizadas pela enfermeira da unidade, com dinâmicas em cada uma delas, ocorridas na sala de aula da UPA e com participação de 100% desse público, com exceção das celas de isolamento preventivo devido à pandemia, e que não participaram do evento por serem pessoas privadas de liberdade recém chegadas na unidade.

Que motivos levaram à realização da experiência?

Para conscientizar as pessoas privadas de liberdade da importância da prevenção e vigilância no local onde encontra-se recolhido A fim de evitar ocorrência de surtos, devido ser uma doença de fácil transmissão e maior risco em  ambientes de convívio prisional e  que dá a doença um caráter de alerta e vigilância constante.

Quais objetivos foram pensados?

Educar e orientar 100% dos internos quanto aos riscos da doença em ambiente prisional. implantar questionário de vigilância a ser aplicado mensalmente com 100% dos internos.

Qual o passo-a-passo da realização da experiência?

Primeiramente, a definição da necessidade de informar as pessoas privadas de liberdade, ou seja, o repasse do conhecimento acerca de sinais e sintomas da doença a fim que eles fossem capazes de se tornar auto vigilantes nas residências de convívio. Planejamos a atividade no mês anterior e acordamos com o gestor. De posse dos materiais necessários, fizemos o agendamento das aulas. Seriam duas residências prisionais por tarde, com duas horas de duração, a fim de que houvesse tempo hábil para realizar as dinâmicas propostas de fixação e aplicação do questionário (abaixo), dando aos participantes tempo de tirar dividas. Então, definimos a necessidade de 5 tardes para abranger os 10 grupos que participariam. Local, horário e datas ficaram definidos conforme o seguinte cronograma:

 

 CELA 0 - 16/11/20 ÁS 14:00H – 9 privados de liberdade

 CELA 1 - 16/11/20 ÁS 15:00HS – 10 privados de liberdade

 

 CELA 2 - 17/11/20 ÀS 14:00HS – 8 privados de liberdade

 CELA 3 - 17/11/20 ÀS 15:00HS -11 privados de liberdade

 

 CELA 4 - 18/11/20 ÁS 14:00HS - 10 privados de liberdade

 CELA 5 - 18/11/20 ÀS 15:00HS – 11 privados de liberdade

 

 CELA 6 - 19/11/20 ÀS 14:00HS – 11 privados de liberdade

 CELA 7 - 19/11/20 ÀS 15:00HS – 10 privados de liberdade

 

 CELA 8 – 20/11/20 ÀS 14:00HS – 09 privados de liberdade

 REGALIAS – 20/11/20 ÀS 15:00 – 07 privados de liberdade

 

Com o projeto e  material de apoio prontos, acordamos com a equipe de segurança para movimentação das turmas conforme celas de alocação. Nossa dificuldade foi a sequência na aplicação do questionário nas selas nos meses seguintes devido às questões de segurança. Mesmo assim, ainda estamos em adequação do método, a fim de que se  torne rotina nos processos de trabalho da upa, a fim de que se compilam dados para um próximo trabalho.

Quais os materiais utilizados nas ações?

Papel craft, canetas coloridas, cartazes, balões, cartazes fornecidos pelo projeto federal e caneca. Foi usado também cartazes e canecas fornecidos pelo DEPEN

Quais foram os resultados?

Os resultados obtidos pela atividade resultaram na mobilização e vigilância interna nas celas e demais espaços  onde as pessoas privadas de liberdade convivem. Sendo que, até a presente data, as buscas realizadas não encontraram nenhum caso positivo. Percebemos a partir das atividades um visível interesse e cuidado pelo outro, quando identificados alguns sinais ou sintomas nos companheiros  de convívio, os mesmos já nos eram relatados de imediato  durante  os atendimentos de  saúde  sendo assim até o momento.

 Acredita que a experiência pode ser replicada em outros lugares?

Sim, pois é formado por uma dinâmica simples  com conteúdo simples de fácil entendimento e aplicação. A partir da dinâmica das aulas  com os grupos de “pessoas privadas de liberdade” orientadas para a observância e zelo pelo grupo como um todo sobre sinais e sintomas e estimulando o autocuidado de cada um fica mais fácil o monitoramento da doença nos espaços de privação de liberdade. Esta experiência pode ser rapidamente implementada por qualquer equipe, e seu instrumento sequencial de monitoramento  (questionário) é composto de questões de simples entendimento que podem ser respondidas em um período  muito curto de tempo, de acordo com os processos de trabalho de cada um, e ao mesmo tempo, mensalmente, servindo de recordatório do aprendizado destacado naquela semana.

Imprima a experiência:

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