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Promoção da saúde sexual com jovens nas prisões: uma abordagem participativa

Divulgação Científica

Internacional | Irlanda do Norte

Janeiro / 2017 – Dezembro / 2017

Pessoa em privação de liberdade; Servidores penitenciários

Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Prevenção de Doenças e Agravos; Comunicação em Saúde; Competências em Saúde

HIV/ Aids; Outras doenças ISTs; Saúde do Homem; Saúde Sexual

Saúde sexual; homem; prisão; promoção de saúde; participação baseada em direitos.

Autores:

Michelle Templeton; Carmel Kelly; Maria Lohan

Do que trata a experiência?

Este relato internacional baseado num artigo científico publicado no Reino Unido apresenta o processo de desenvolvimento e os resultados de uma intervenção em saúde sexual feita para e com jovens homens privados de liberdade numa unidade prisional na Irlanda do Norte. No âmbito da pesquisa e com a finalidade de criar uma intervenção inovadora de promoção da saúde sexual em contexto prisional, foram realizadas oficinas de coprodução e treinamento personalizado, reunindo profissionais da saúde e jovens presos.

Que motivos levaram à realização da experiência?

A saúde sexual dos jovens privados de liberdade costuma ser limitada em todo o mundo. Do ponto de vista da saúde pública, o comportamento sexual desenvolvido pelos jovens no contexto prisional está entre os motivos para esse quadro. Os problemas mapeados vão desde o mal uso de preservativos até a maior frequencia de sexo casual, com troca frequente de parceiros, resultando um aumento das infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV e hepatite viral. Assim, os jovens privados de liberdade formam um grupo de alto risco, marginalizado e socialmente excluído, com maior necessidade de ações de educação e promoção da saúde sexual.

Quais objetivos foram pensados?

O objetivo do estudo participativo era criar uma intervenção inovadora de promoção da saúde sexual, feita para e com jovens homens privados de liberdade. A proposta era encorajá-los a fazerem exames regulares de saúde sexual. A partir de uma abordagem baseada em direitos, a intervenção realizada com o caráter participativo, teve ainda a intenção de qualificar a equipe de enfermagem para o desenvolvimento de uma maior parceria de trabalho no cotidiano dos cuidados de saúde prisional.

Qual o passo-a-passo da realização da experiência?

O cotidiano do trabalho da equipe de enfermagem do Centro de Remanejamento Prisional, em Minas Gerais, foi avaliado a partir da realização de entrevistas com um enfermeiro, três enfermeiras, além de duas técnicas de enfermagem. Todos assinaram o termo de consentimento informado para a gravação das entrevistas que, para preservar a identidade dos participantes, foram codificadas no momento da transcrição. O roteiro foi desenvolvido a partir de questões que abordavam a percepção da assistência à saúde prestada às pessoas privadas de liberdade, de como se sentiam, além dos pontos positivos e negativos experimentados no cotidiano.

Quais os materiais utilizados nas ações?

Quais foram os resultados?

O primeiro passo do desenvolvimento da intervenção teve como objetivo promover um treinamento personalizado com a equipe de enfermagem, de forma a garantir uma melhor compreensão dos determinantes da saúde sexual neste contexto. A partir daí, e lançando mão de uma abordagem da participação baseada em direitos, foram selecionados participantes internos que compareceram a três oficinas numa unidade prisional na Irlanda do Norte, Reino Unido. A proposta dessas oficinas era que fossem realizadas por uma equipe de coprodução composta pelos jovens presos, a equipe de enfermagem da Unidade Prisional, uma enfermeira consultora de saúde sexual, representantes de empresas de mídia e uma facilitadora. Com esta composição, as oficinas tiveram foco na elaboração do conteúdo, design, abordagem, mídia e divulgação de uma intervenção baseada na Web que fosse atraente e envolvente para jovens homens privados de liberdade.

Imprima a experiência:

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